Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
De dois modos costuma-se ver os castelos feudais.
Ora é o suave e romântico solar dos contos de fadas, com suas torres brilhando ao luar, sua ponte levadiça baixando silenciosamente para deixar entrar o príncipe valente e formoso.
Ele vem encontrar-se com a dama dos seus sonhos, enquanto o vigia soa a trompa e as notas maviosas se espalham pelo lago ao redor, etc.
Para outros é o tenebroso reduto da opressão de um tirano.
Prédio dotado de negras masmorras em que gemem servos desgraçados, cujas plantações foram destruídas pelas cavalgadas do senhor em alegres folgares de caça, ou pilhadas por sua hoste em rudes lides de guerra.
A verdade não está em nenhum destes extremos, clamorosamente contraditórios entre si.
O feudalismo na Idade Média foi suscitado pela Igreja.
Foi o espírito católico dos homens medievais que os levou a se organizarem numa sociedade como nunca houve mais perfeita.
Nem o romantismo dos trovadores, que marca a decadência do espírito medieval, nem as assombrações ridículas com que os inimigos da Igreja procuram denegrir as instituições da civilização cristã nos dão a verdadeira fisionomia do castelo feudal.
Para compreendê-la, remontemos às suas origens e vejamos como os castelos surgiram, como evoluíram, como se formou a sociedade feudal de que eles são imagem.
Embora todas as nações da Cristandade tenham tido a mesma estrutura social, a evolução foi diferente em cada caso.
E a França foi o paíse onde o feudalismo atingiu seu apogeu.
(Fonte: “Catolicismo”, nº 57, setembro de 1955)
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