Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A Idade Média concedeu uma importância enorme aos símbolos.
Esses deviam ser feitos com os melhores materiais disponíveis. Sobre tudo quando se tratava das mais altas realidades do Céu e da religião.
Nisto, ela não inovou, pois já os povos da Antiguidade tinham noções semelhantes.
A começar pelo povo judeu que os medievais conheciam pela Bíblia. Baste considerar a fastuosa vestimenta que Moisés mandou fazer para o Sumo Sacerdote.
Há um segundo motivo: o educativo. Deus pôs na Criação admiráveis símbolos que nos ajudam a compreender as verdades mais altas da Fé, como a ressurreição da carne e a vida eterna.
Entre esses símbolos conta-se, sem dúvida, as pedras preciosas..
Os corpos dos falecidos na graça de Deus ressuscitarão esplendorosos como sóis, purificados de toda imperfeição, portando como gloriosas condecorações os sinais externos dos grandes feitos da sua vida.
As feridas dos mártires serão fontes de luz; os heroísmos praticados pela Fé, as vitórias contra o vício e o pecado reluzirão como coroas de ouro que iluminarão a alma, transparecendo o brilho nos corpos.
No Céu, as almas verão a Deus face a face – Ele que é fonte inesgotável de todas as perfeições e alegrias. E isso por toda a eternidade, sem ter nem sequer a perspectiva de qualquer sombra de perturbação.
Os corpos, por sua vez, serão envolvidos numa castíssima, temperante e fabulosa variação harmônica de gáudios adequados à natureza material que lhes é própria.
Companheiro de trabalhos e lutas da alma nesta Terra, o corpo terá assim seu justo prêmio.
A purificação da Terra
Para este fim, Deus criou um lugar especial para os corpos dos que se salvam: o Céu Empíreo.
Além do mais, o Paraíso terrestre lhes estará franqueado, para ali se jubilarem na contemplação dessa obra-prima do universo.
Também esta Terra em que vivemos será purificada.
A virtude divina, valendo-se do fogo, tirará dela tudo quanto há de impuro, feio, ruim ou grosseiro – inclusive as más obras dos homens – e lançá-los-á no inferno.
Tudo quanto há de belo e bom será acrisolado e conservado na Terra. Então os bem-aventurados voltarão em corpo e alma, sem esforço nem entraves, aos locais onde se deram grandes lances da História da Igreja, da humanidade e de sua vida pessoal, conversando entre si e trocando felizes lembranças.
Como será a matéria dos corpos ressurretos e da Terra purificada? É difícil sabê-lo.
Entretanto, uma rara pedra dá-nos disso uma certa ideia: o diamante.
Sim, a pedra mais cobiçada do mundo é uma pálida mas significativa prefigura da Terra futura!
Continua no próximo post
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