Luis Dufaur
Escritor, jornalista, conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Não é grandioso o elmo, esse claustro ambulante dentro do qual não se fala, mas sob o qual um coração pulsa forte?
Sim, porque é o amor de Deus, de Nossa Senhora e da Santa Igreja que lateja no coração do cavaleiro, incendeia seu olhar, arma-lhe o braço, esporeia o cavalo e... crava a lança no peito do infiel.
Entretanto aquele elmo pode servir de mortalha. E, ao cingi-lo, o cavaleiro sabe que se reveste de dupla coragem: a de matar e a de morrer!
Ambas por amor a Deus, a Nossa Senhora e à Santa Igreja. Eis nessa coragem o fundamento de toda beleza do elmo.
Elmo... expressão sensível de uma deliberação: "Lutarei por amor a Deus! E se for morto, desde já aceito uma morte atroz, a fim de que os outros passem sobre meu cadáver, avancem e ganhem a batalha! A morte para mim não é uma surpresa, não é um desastre, não é uma inimiga da qual devo fugir espavorido.
"Se a morte é o fim dos dias de todos os homens, que minha morte -- conforme os desígnios da Providência -- tenha este sentido sublime: que ela venha sobre mim provocada por meu amor a Deus, e impulsionada pelo ódio que Lhe votam os adversários.
"Oh morte, neste encontro eu te venço! Porque ainda que tu me arranques a vida terrena... eu te arranco a Vida Eterna!"
(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, "Catolicismo", fevereiro 1996)
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2 comentários:
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