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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Esplendor e catolicidade nas vestimentas das cortes reais

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








Uma mão de adolescente apenas saído da meninice, delicada e regia, franzina e forte, envolvida em rendas e sedas, pérolas e pedras preciosas, com um gesto discreto mas soberano: a mão de Luis XIV na idade de assumir a coroa, foi o motivo escolhido pelos organizadores da amostra “Fastos de corte e cerimônias reais” que teve lugar no castelo de Versailles.

As roupagens são precisamente do Ancien Régime (1650-1800), porém um bom número delas, especialmente as das grandes solenidades puxam suas origens na Idade Média, e até conservam muito da simbologia medieval. A este título merecem uma menção neste blog.

Desde vestimentas para as grandes ocasiões ‒ coroação dos reis, bodas reais ‒ até peças usadas por monarcas, nobres e ricos-homens em entre casa, passando por um rico e sutil degradé de situações intermediárias. Pois, a vida de corte era uma refinada e exigente mistura de vida de família e de atividade pública de governo.

Eis logo de entrada as roupas usadas por Jorge III da Inglaterra no dia da coroação em 1761, graciosamente emprestadas pela sua descendente a rainha Elisabeth II. [primeira foto]

O trajem é todo ele bordado com fios de ouro. Mas é eclipsado pela impressionante cauda em veludo vermelho e arminho.

O conjunto é de uma pompa soberana e só foi usado para a cerimônia religiosa e temporal da unção do rei.

Essa cerimônia ainda nos nossos dias carregada de reminiscências medievais.

Ela aconteceu na abadia de Westminster, soberbamente enfeitada, repleta de nobreza, autoridades e representantes dos órgãos sociais intermediários do reino.

Nessas roupas, coroado, levando nas mãos as insígnias do cetro e do globo, o novo rei era como um hífen entre Deus, fonte de podo poder, e o povo inglês.

Comparemos com a assunção de um presidente nos dias de hoje, que tristeza!


Outro grande acontecimento da vida de Corte eram as reuniões periódicas das Ordens de Cavalaria.

Ainda hoje ocorre anualmente à da Ordem da Jarreteira na Grã-Bretanha, usando uniformes como o do rei Jorge III [segunda foto], porém com adaptações.

Pomposo é o uniforme da Ordem do Espírito Santo criada pela casa real da França. [foto ao lado]

Porém nenhuma Ordem real tem tanta categoria e prestígio quanto a Ordem do Tosão de Ouro, criada em 1430 por Filipe o Bom duque de Borgonha.

A Ordem tinha como finalidade suprema a defesa da fé cristã. [foto embaixo].

Não somente os grandes nobres participavam desse deslumbramento. Beneficiavam-se também os diversos graus das nobrezas e da burguesia européia.

De fato, o esplendor das cortes descia para todas as classes sociais numa catarata de beleza e dignidade elevadora.

Na visita, com facilidade perde-se a noção do tempo e também da época.


Aquelas vestimentas cuidadosamente iluminadas num décor obscuro falam de um mundo de feeria.

De uma espécie de imagem temporal do que pode ser a glória celeste que envolve os santos no Céu.

E, com efeito, aquele prodigioso conjunto de vestimentas é um dos tantos frutos da Civilização Cristã modelada pela Igreja.

Ele torna atrativa a prática da virtude pelos fiéis e dá-lhes um antegozo que convida à desejar a vida eterna.




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Um comentário:

Anônimo disse...

eu acho que poderia ter roupas não só de homem mais támbem de mulher porque eu estou presissando pra escola roupas de mulher e de homem mais não encontro de mulher mais o site é legal
bjs maria carolina fioravante alayom