quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Elegância na coroa real,
sublimidade na coroa imperial

Coroa de Luís XV, Museu do Louvre
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





No museu do Louvre, em Paris, está exposta uma coroa que foi do Rei Luís XV.

Tem toda a elegância de formas das coisas tipicamente francesas.

Gosto da elegância das formas porque ela é o primeiro estágio no caminho da sublimidade.

Aquela coroa é completamente recamada de brilhantes, de maneira que, exceto no aro que cinge a fronte do rei, nela não se vê senão brilhantes.

Uma joia magnífica!

Entretanto, nenhuma outra coroa no mundo determinou em meu espírito a impressão que produziu uma coroa mandada fazer na Boêmia por um imperador do Sacro-Império, da Casa d’Áustria.

Rodolfo II mandou fazê-la com seu próprio dinheiro.

Coroa Imperial da Austria, Viena
Não pertencendo, portanto, ao Estado, mas ao imperador romano germânico.

Depois, passou a ser a coroa dos imperadores austríacos.

É uma coroa de tal maneira sublime e magnífica que, de todas as coroas do mundo, aquela é, de longe, a que mais arrebata o meu espírito.

Quando eu soube que numa exposição em Sevilha, no pavilhão da Áustria, havia uma estampa magnífica dessa coroa, pedi que me conseguissem uma fotografia.

Guardei-a dentro de uma espécie de oratório que há no meu escritório, para poder vê-la de vez em quando.

Esse meu entusiasmo vem do quê?

Da especial e peculiar sublimidade que aquela coroa tem.



(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, “Catolicismo”, novembro de 2023. Excertos de conferência proferida em 26.03.1939, sem revisão do autor)

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